Oi gente!
Eu estava pensando nesses dias como é engraçado o fato do meu blog praticamente não denunciar que eu sou super nerd haha! Pelo menos eu acho que não denuncia :b Tirando, claro, o box sobre mim aí ao lado que diz que eu sou formada em química haha! Bom, o fato é que eu sou muito nerd, inclusive gosto muito de desenho japonês! E hoje resolvi contar para vocês sobre alguns títulos dos quais gosto muito, e aproveitar para explicar algumas coisas sobre desenho japonês para quem não conhece!
Assim como os desenhos ocidentais, há desenhos japoneses em quadrinhos e em animações. Os desenhos em quadrinhos são chamados mangás, enquanto que as animações são chamadas animês. As histórias, com algumas excessões, costumam ser lançadas na forma escrita (mangá) e depois que fazem sucesso podem ser adaptadas como uma série de animação (animê). Ambos são lançados em capítulos (os animês são como seriados), e algumas histórias fazem tanto sucesso que ganham filmes (animações de longa metragem) também.
Os desenhos japoneses podem ter vários estilos e temas. Geralmente, eles são dividos quanto ao público-alvo, o que muda um pouco o traço do desenho e a dinâmica com a qual a história é contada. Mangás “shonen” costumam enfocar o público masculino, com traços simples e bastante foco em cenas de ação, por exemplo. Já mangás “shojo” têm o público feminino em mente, com traços mais detalhados e histórias que focam principalmente em relacionamentos. Há muitos outros tipos de mangás, como por exemplo “seinen”, que foca em um público mais adulto, tendo um traço mais realista e histórias mais “pesadas” (inclusive muitas vezes inapropriadas para menores de 16 ou 18 anos).

Yu Yu Hakusho (shonen)

Kobatô (shojo)

Blade of the Immortal (seinen)
É claro que o “público-alvo” não é uma regra: meninas podem gostar de shonen, meninos de shojo, adultos podem gostar de mangás infantis, etc. Eu gosto de histórias de vários tipos, mas o meu gênero favorito é shojo, pelo enfoque nos relacionamentos, e porque o traço costuma me agradar. É claro que o traço depende muito do desenhista (“mangaká”), então tem shojos de cujo desenho eu gosto muito e outros que eu acho muito feios! rs

Gakkou Hotel (não gosto do traço) e The Gentlemen’s Alliance Cross (gosto do traço)
Vale notar porém que muitos mangakás iniciantes desenvolvem bastante o traço ao longo da história, o que é o caso de Kaichou wa Maid Sama, em que o traço no começo do mangá é bem tosquinho, mas vai evoluindo bastante! O animê já tem o traço atual, mais bonito.

No começo de Kaichou Wa Maid Sama, o personagem masculino principal era desenhado de um jeito super tosco (esquerda)! Depois ele fica bonitão haha (direita).
Hoje resolvi então falar dos shojos de que eu mais gosto. Vou indicar também se eles têm a versão em animê ou não, e se eu tiver assistido o animê, vou dizer se ele é bom. Animês costumam abordar a história com muito menos profundidade do que o mangá, o que obviamente perde qualidade no shojo quando o enfoque são relacionamentos. Também acontece (em todos os gêneros) de o mangá não ser lançado com velocidade suficiente para produzir o animê toda semana, e aí os produtores começam a criar uma história diferente pro animê, ou pior: ficam enrolando com episódios inúteis até o mangá ser lançado. Por esse motivo, os mangás costumam ser melhores que os animês, mas há animês bons também.
Eu não vou colocar links para os mangás porque eles podem ficar desatualizados, mas basta colocar “read (nome do mangá) online” e você deve encontrar (ou “download (nome do animê)”. Na internet praticamente todas as traduções são em inglês, mas todos os títulos que eu vou mencionar foram lançados em português no Brasil.
Vamos à lista!
Fruits Basket
A série conta a hisótria de Tohru Honda, uma menina órfã que, após conhecer Yuki, Kyo e Shigure Sohma, descobre que doze membros da família Sohma são possuídos pelos animais do zodíaco chinês e estão condenados a se transformar no respectivo animal do signo quando eles estão fracos, estressados ou são abraçados por alguém do sexo oposto que não é possuído também. A história é MUITO fofa, com cada personagem muito bem desenvolvido. Super recomendo!
O animê é bom, mas termina BEM antes do mangá, então se você quiser mesmo conhecer todos os personagens e saber como a história termina, o animê não é suficiente.
Fullmoon (Wo Sagashite)
Esse é um dos títulos da mangaká Arina Tanemura que eu adoro. Ele acompanha Mitsuki Kouyama, uma menina talentosa que sonha em ser uma cantora profissional, mas que possui um câncer na garganta que só pode ser curado através de uma cirurgia com a qual ela perderia a voz. Certo dia ela é visitada por dois fantasmas (shinigami), que só ela consegue ver. Takuto e Meroko, os fantasmas, acabam sem querer contando para Mitsuki que ela só tem mais um ano de vida. Eles concordam em ajudar Mitsuki a se tornar uma cantora, transformando-a temporariamente em uma garota saudável e mais velha, para que ela possa viver seu sonho e aproveitar o pouco tempo que lhe resta. A história é um pouco triste, mas muito bonitinha e os personagens são muito divertidos!
O animê é uma DROGA. Como ele foi lançado antes de o mangá terminar, a história muda completamente (no nível gente que tá morta no mangá tá viva no animê!). Recomendo ler o mangá mesmo.
The Gentlemen’s Alliance Cross
Outro queridinho meu da Arina Tanemura, a personagem principal desse mangá é Haine Otomiya, uma garota de 15 anos que estuda na escola de elite Imperial Academy. Aparentemente ela foi vendida pelo seu pai a uma família para salvar sua empresa da falência. Ela se torna então uma delinquente, até que conhece Shizumasa Togu, autor do livro infantil preferido de Haine, que seu pai dera a ela. Ela decide então mudar de vida e se esforça para estudar na Imperial Academy, onde Shizumasa estuda, e tentar conquistar seu coração. A escola tem um ranking de alunos baseado em dinheiro (praticamente castas), o que dificulta a aproximação de Haine a Shizumasa, e quando ela consegue, percebe que há muito a se descobrir sobre ele. Um mangá totalmente focado em relacionamentos, com um traço riquíssimo e com um “plot twist” DE CAIR O QUEIXO (mas que eu obviamente não contarei qual é :P).
Até onde eu sei, não tem animê. #chateada
Kobato
Kobato é uma menina doce e inocente que tem um contrato peculiar: para ir a um certo lugar, ela tem que encher uma garrafa misteriosa com “pedrinhas” que aparecem quando ela ajuda alguém a recuperar um coração partido. Ela precisa consegue encher a garrafinha até o fim das quatro estações, o que ela faz com a ajuda de Iorygi, um espírito na forma de bichinho de pelúcia de cachorro. Um mangá muito fofo e um pouco triste, com uma história muito bonita escrita pelo Clamp, o mesmo grupo de mangakás que criou Sakura Card Captors.
O animê é muito fofo também, só termina antes do mangá, como costuma acontecer. Para saber o final da história, só com o mangá mesmo.
(Kaichou wa) Maid-sama!
O título significa “a presidente é uma empregada”. A história acompanha Misaki Ayuzawa, uma menina ultra esforçada que é presidente do conselho estudantil da escola Seika High. A escola costumava ser só para meninos, com fama de ser um caos. Agora que a escola abriu a entrada para meninas também, Misaki está determinada em usar seu poder como presidente para melhorar a imagem da escola e atrair mais garotas. Além de se esforçar muito na escola, ela também trabalha para ajudar sua família, que tem pouco dinheiro. Seu trabalho é como garçonete num café “maid”, em que as mulheres se vestem de “empregada” (é coisa de japonês rs). Misaki adora sua chefe e suas colegas, mas morre de medo que alguém descubra seu trabalho e ela perca credibilidade como presidente do conselho estudantil. É claro que alguém acaba descobrindo: justo o cara mais popular da escola, Takumi Usui. Um mangá muito divertido, do qual eu gosto muito!
O animê é muito bom, mas, novamente, termina antes do mangá. Recomendo os dois, o animê porque é muito divertido, e o mangá porque aprofunda mais a história.
MeruPuri
Esse é para quem gosta de algo mais “princesa” rs. MeruPuri conta a história de Airi Hoshina, uma estudante que tem ambições simples de morar numa casinha aconchegante com um marido carinhoso e aproveitar as pequenas coisas da vida. Mas o destino não parece ter reservado algo muito simples a ela: certo dia um pequeno garoto, Aram, sai do espelho que fora passado de geração em geração na família de Airi. O menino é um príncipe de um reino encantado, e, para complicar mais ainda a situação, ele está sob uma maldição que o faz ficar com corpo adulto (mas mente ainda de criança) quando ele fica no escuro! Uma história bem fofinha, com um traço do qual gosto bastante.
Não consegui descobrir se tem animê: parece que houve boatos de que um seria feito, mas acabou não indo adiante. De qualquer modo, se existe um animê, eu nunca vi.
Sakura Card Captors
Sakura foi o primeiro mangá a ser lançado em banca no Brasil, e eu comprava religiosamente quando tinha uns 10 anos de idade. Um clássico do shojo! A personagem principal é uma garota muito animada chamada Sakura, que acidentalmente liberta de um livro em seu porão um conjunto de cartas mágicas chamadas Cartas Clow. Cada carta tem um poder único, e Sakura precisa então, com a ajuda de Kero, encontrar e selar todas as cartas. A história é um tanto infantil, mas é muito bonitinha. Se você não teve a chance de crescer lendo Sakura, nunca é tarde para se apaixonar por esse clássico!
O animê é bem completo, com três temporadas, algo incomum para animês shojo. Há também dois longa-metragens, o primeiro se passando entre a primeira e segunda temporadas do animê e o segundo situado após o término da terceira temporada.
Esses são meus shojos favoritos! E vocês, gostam de mangá? Tem algum shojo que vocês me recomendam?
Até a próxima!